segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
INTRODUÇÃO
Marcel Breuer (1902-81) foi um finlandês que se muda para os Estados Unidos em 1937 para dar aulas em Harvard, a convite de Gropius, o então diretor da escola. A partir deste momento, os dois iniciam uma série de trabalhos em conjunto, e definem o panorama moderno no país.
Sua mudança para este país o distanciou da Europa, e não gratuitamente, da arquitetura que vigorava nesse lugar. Breuer, com a ajuda de seu companheiro Gropius, inicia o desenvolvimento de uma arquitetura voltada para o estilo norte-americano, buscando criar modelos tipológicos domésticos que caracterizem sua cultura. A Chamberlain Cottage é uma residência projetada pelos dois em 1940, Wayland, Massachusetts, que representa de uma maneira sucinta esta fase projetual.
Sua mudança para este país o distanciou da Europa, e não gratuitamente, da arquitetura que vigorava nesse lugar. Breuer, com a ajuda de seu companheiro Gropius, inicia o desenvolvimento de uma arquitetura voltada para o estilo norte-americano, buscando criar modelos tipológicos domésticos que caracterizem sua cultura. A Chamberlain Cottage é uma residência projetada pelos dois em 1940, Wayland, Massachusetts, que representa de uma maneira sucinta esta fase projetual.
BUSCA DE UMA ARQUITETURA
Breuer, após sua chegada nos Estados Unidos, busca desenvolver uma arquitetura americana, mas suas referências não deixam de estar ligadas a Europa, de onde busca o conforto através da tradição inglesa, mas colocando em vista a “justaposição entre a metáfora da maquina européia e a eficácia da maquina geradora de conforto norte-americano, ou ainda, a consciência de uma identidade” (Cunha, site vitruvius) para incorporar em seus projetos.
O estilo que Breuer tenta criar enfatiza o contexto existente nos EUA capitalista do Período pós-depressão e também do período pós-guerra que refletiam o nascimento de um modo de vida americano cujos princípios privilegiavam o indivíduo, não o coletivo.
Este contexto influência seu desenho arquitetônico que, através de alguns recursos, valoriza a idéia do individual, desprivilegiando os espaços coletivos, que tem pouca força em seu projeto.
Nessa tentativa de compor uma tipologia doméstica, Breuer distribui alguns pontos que se tornam marcantes em todas as suas residências desse período (que dura aproximadamente quarenta anos). São recursos de projeto que moldam seu raciocínio espacial, tais como a disposição da lareira e a criação de zonas especificas.
Dessa forma, a partir principalmente da leitura do artigo “Diálogos imaginários: Marcel Breuer e Vllanova Artigas”, de Marcio Cotrim Cunha, analisamos este projeto da Chamberlain Cottage.
O estilo que Breuer tenta criar enfatiza o contexto existente nos EUA capitalista do Período pós-depressão e também do período pós-guerra que refletiam o nascimento de um modo de vida americano cujos princípios privilegiavam o indivíduo, não o coletivo.
Este contexto influência seu desenho arquitetônico que, através de alguns recursos, valoriza a idéia do individual, desprivilegiando os espaços coletivos, que tem pouca força em seu projeto.
Nessa tentativa de compor uma tipologia doméstica, Breuer distribui alguns pontos que se tornam marcantes em todas as suas residências desse período (que dura aproximadamente quarenta anos). São recursos de projeto que moldam seu raciocínio espacial, tais como a disposição da lareira e a criação de zonas especificas.
Dessa forma, a partir principalmente da leitura do artigo “Diálogos imaginários: Marcel Breuer e Vllanova Artigas”, de Marcio Cotrim Cunha, analisamos este projeto da Chamberlain Cottage.
CHAMBERLAIN COTTAGE
Como já falado, em quase todos seus projetos desse período, ele utiliza a lareira para articular os espaços internos da casa, e nesse projeto, isso também acontece. A lareira se torna o elemento focal do espaço de convivência, dividindo a grande sala em dois ambientes, um de estar e outro de jantar.
Esse recurso de divisão de ambientes também é usado por ele para criar zonas que especificam os usos na casa, como por exemplo, dividir espaços para ser usados de dia e outros para a noite, ou uns para os pais e outros para os filhos, e ainda uns que sejam mais privativos e outros mais sociais.
Observamos pela planta que nessa casa acontecem duas zonas bem definidas, “uma zona estreita que engloba a cozinha, o banho e o vertidor, e outra, mais ampla, com o dormitório e o estar” (Dunster, 1994). Há ainda as zonas de transição, que aqui é visto como o alpendre, já que separa o exterior com o interior da casa.
Para projetar essa casa, Breuer usou-se de seu bom conhecimento sobre as estruturas utilizadas nos Estados Unidos, que eram feitas sobre uma base de alvenaria e estruturada e vedada por um sistema de Balloon Frame. Essa estrutura permitiu que a casa tivesse volumes em balanços, como na foto a baixo.
Esse recurso de divisão de ambientes também é usado por ele para criar zonas que especificam os usos na casa, como por exemplo, dividir espaços para ser usados de dia e outros para a noite, ou uns para os pais e outros para os filhos, e ainda uns que sejam mais privativos e outros mais sociais.
Observamos pela planta que nessa casa acontecem duas zonas bem definidas, “uma zona estreita que engloba a cozinha, o banho e o vertidor, e outra, mais ampla, com o dormitório e o estar” (Dunster, 1994). Há ainda as zonas de transição, que aqui é visto como o alpendre, já que separa o exterior com o interior da casa.
primeiro pavimento
Para projetar essa casa, Breuer usou-se de seu bom conhecimento sobre as estruturas utilizadas nos Estados Unidos, que eram feitas sobre uma base de alvenaria e estruturada e vedada por um sistema de Balloon Frame. Essa estrutura permitiu que a casa tivesse volumes em balanços, como na foto a baixo.
- "Breuer's understanding of American timber balloon frame constructed on a masonry base is intelligently exaggerated in this house, designed soon after his leaving Europe. The balloon frame is constructed as a truss, allowing cantilevering of the kitchen and 'ingle-nook' over the lower ground floor entrance, as well as the glazed porch at right angles to the kitchen.” (David Dunster. Key Buildings of the Twentieth Century Volume 1: Houses 1900-1944. p 98.)
- Mais importante ate que a extraordinária delicadeza da estrutura é a completa e final assimilação da tradição de New England com as demandas de uma nova arquitetura. Este é um chalé com conceito orgânico; seus materiais não são mais utilizados conscientemente, em padrões abstratos. Eles são utilizados com a maior facilidade e com certo domínio da técnica. Tal como algumas das casas mais cedo, não é um produto do industrialismo quebradiços. Seu ‘contato-humano’ são superfícies de cores quentes e suaves em textura, satisfazendo plenamente as exigências de 'natureza humana'. — Peter Blake. Marcel Breuer: Architect and Designer. p71-72. (trecho traduzido por Elisa do site: http://www.greatbuildings.com/buildings/Chamberlain_Cottage.html&usg=__9DsaOYZFueeed6__AVUWf54j )
Essa casa de campo é importante para compreendermos a quantas andavam o desenvolvimento de uma nova arquitetura nos Estados Unidos nos anos 1940 e como os arquitetos conseguiram conciliar os métodos construtivos ao programa do projeto, sem esquecer a assimilação da tradição do lugar que construíram.
Referências Bibliográficas
Artigo:
“Diálogos imaginários: Marcel Breuer e Vllanova Artigas”, de Marcio Cotrim Cunha. Em: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp330.asp
Livro:
Site:
http://www.greatbuildings.com/buildings/Chamberlain_Cottage.html&usg
“Diálogos imaginários: Marcel Breuer e Vllanova Artigas”, de Marcio Cotrim Cunha. Em: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp330.asp
Livro:
DUNSTER, David. "100 casas unifamiliares de la arquitectura del siglo XX". Editorial Gustavo Gili, S.A., Barcelona, 1994
Site:
http://www.greatbuildings.com/buildings/Chamberlain_Cottage.html&usg
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